"...a filosofia não é, de modo algum, uma simples abstração independente da vida. Ela é, ao contrário, a própria manifestação da vida humana e a sua mais alta expressão. Por vezes, através de uma simples atividade prática, outras vezes no fundo de uma metafísica profunda e existencial, mas sempre dentro da atividade humana, física ou espiritual, há filosofia(...) A filosofia traduz o sentir, o pensar eo agir do homem. Evidentemente, ele não se alimenta da filosofia, mas, sem dúvida nenhuma, com a ajuda da filosofia".
"...A filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria dos quais não tem consciência dessa contradição. A autocomplacência burguesa, os convencionalismos, o hábito de considerar o bem - estar material como razão suficiente de vida, o hábito de só apreciar a ciência em função de sua utilidade técnica, o ilimitado desejo do poder, a bonomia dos políticos, o fanatismo das ideologias, a aspiração a um nome literário - tudo isso proclama a antifilosofia. E os homens não o perecebem porque não se dão conta do que estão fazendo. E permanecem inconscientes de que a antifilosofia é uma filosofia, embora pervertida, que, se aprofundada, engendraria sua própria liquidação".
Basbaum, Leôncio. Sociologia do materialismo. 3.ed. São Paulo, Símbolo, 1978,p.21 e 316.
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